sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sexta Rock #23. Jovem Guarda #1

Salve hominídeos.Depois de um século de abandono estou recomençando minhas postagens. Nada mais auspicioso então, que eu faça isso na primeira postagem do ano. Farei de tudo para manter um bom ritmo de postagens esse ano para que meus seis leitores não se decepcionem. Para começarmos com o pé direito, vamos falar de música.

A Jovem Guarda foi um movimento musical brasileiro que aconteceu lá pelos meados de 1960. Podemos dizer que foi um momento alegre da música, mais especificamente do rock nacional, com letras bastante descompromissadas. Então não, você dificilmente encontrará letras de protesto social aqui seu comunista subversivo.
A Jovem Guarda imortalizou grandes nomes da música tupiniquim como Erasmo Carlos, Eduardo Araújo e é claro, o na minha opinião superestimado Roberto Carlos. Falando no Rei de Roma, é inegável que a melhor fase dele (falando em qualidade musical, não na capacidade de seduzir mulheres de meia-idade) foi concomitante à Jovem Guarda.
Eu particularmente não morro de amores por essa fase de nossa música, mas aprecio o seu valor histórico. Muitas das canções são literalmente cópias de canções estrangeiras, só trocando a letra (em breve um post sobre isso), o que acaba diminuindo o pouco o valor. Mas nem dá pra reclamar muito, quando me recordo que hoje temos "grandes músicos" (o que seria da ironia sem as aspas) como os das bandas Restart e gasosaCine Gengibirra
Bem, o objetivo dessa postagem é relembrarmos um pouco dessa época de um rock ingênuo, porém bastante legal.

1. Eduardo Araújo - Ele é o Bom
Minha música favorita, acho que ela representa bem o período, bem despojada. Umas das melhores vozes da Jovem Guarda.



2. Eu sou Terrível - Roberto Carlos
Aqui vemos Roberto Carlos em sua melhor forma, sem aquelas letras melosas e aquelas frescuras com cores que ele carrega hoje. Uma música com uma batida bem leve e bem legal. Cena extraída de um dos filmes do "rei".



3. O Calhambeque - Roberto Carlos
Uma das músicas mais leves e divertidas de Robert Charles. Encarna bem a dinâmica da época e de quebra ainda referencia outras canções de seu tempo.



4. A última canção - Paulo Sérgio
Não só de musiquinhas alegres vivia a Jovem Guarda. Paulo Sérgio (que tinha uma voz muito boa, diga-se) personifica o homem enganado em "a última canção". Prova de que músicas dor de cotovelo são atemporais.



5. Te Amo - Wanderléa
A "Ternurinha", como era chamada (não me pergunte o motivo), foi provavelmente a voz feminina mais importante do período. Juntamente com Roberto e Erasmo formou as três vozes mais conhecidas e influentes da sua geração.