domingo, 9 de março de 2014

Eu li: O Caminho Jedi

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A literatura é mesmo uma coisa fantástica. No universo dos livros encontramos de tudo, de histórias de ficção e fantasia até gastronomia e auto-ajuda. Recentemente adquiri uma obra que a princípio parece despretenciosa, mas que para um fã de cinema acaba sendo uma preciosidade. O Caminho Jedi faz parte do Universo Extendido da série e traz informações valiosas para quem quer entender melhor o funcionamento do universo criado por  George Lucas.

Usando o manual, o aspirante a Jedi poderia pautar sua carreira  desde o período como mero iniciado até Cavaleiro e Mestre Jedi, passando pela etapa de Padawan. Recrutamento, treinamento, classes, são algumas das informações que podemos encontrar.

Talvez a principal sacada dessa obra sejam os comentários que podemos encontrar. Diversos Jedi utilizaram a obra, a qual era passada de mestre a Padawan, cada qual adicionando comentários à sua vontade. Assim, podemos ler as observações de Yoda, Dookan, Anakin e  Luke Skywalker, dentre outros. Os fãs da série podem identificar as nuances de personalidade de cada um apenas lendo esses comentários.

Caminho Jedi é, em resumo, um livro para fãs. Não possui muitos mérito literários em si, mas constitui-se fonte importante para quem quer aumentar sua imersão no universo Star Wars.

Nota 9 (fã) e 5 (restante)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Feliz 2014!

Todo ano que começa é mais do mesmo. As pessoas se dedicam a fazer planos, traçar estratégias e criar metas para ter um ano melhor. Meu objetivo nessas linhas não é seguir esses passos. Apesar dos pesares o ano de 2013 foi para mim um ano bom (em especials e compará-lo a 2012). Muita coisa boa me aconteceu. Percalços apareceram, é claro, mas quem não tem?

Meu principal objetivo para 2014  é manter o que me faz bem e deixar o que me faz mal. Valorizar quem me trata bem, minha família, amigos. Enfim, buscar a “felicidade”.

Mas vamos ao que interessa. O Cyanocorax vai voltar após um grande período de inatividade. Nada como um início de ano pra reativar velhos projetos e o Cyanocorax é um dos  que eu mais sinto falta. Em breve teremos novas postagens, velhas e novas seções para os meus seis muitos leitores. Quem sabe até um novo “leiaut”. Mas por hoje é só, a febre e o sono me impedem de escrever mais e com mais clareza.  Abraços!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sobre frustrações, perdas e aprendizado

Essa semana tem sido de reflexões para mim. Se por um lado tive vitórias, também tive frustrações importantes. Isso me levou a refletir um pouco sobre a natureza das frustrações e como elas influenciam a nossa vida. Antes que me xinguem, não estou pensando em tentar carreira nas humanidades, só venho aqui dar um pitaco.

Acho que não preciso dizer que cada pessoa reage às agruras da vida de forma distinta. Perdas fazem parte da vida de todos e a forma com a qual lidamos com elas é intrínseco de cada um. Recentemente perdi minha mãe e essa semana um tio meu também se foi. Fatos assim nos mostram como a vida é efêmera e frágil. Nos fazem pensar o quanto nossos planos são pequenos diante das contigências da vida e que não estamos totalmente no controle.

Não é fácil para ninguém se ver “sozinho” no mundo, mas eventualmente passamos por isso. Estou nessa situação atualmente e não é fácil, ainda mais quando sentimos que certas pessoas nos abandonam. O que resta é abstrair e tentar seguir em frente. Um dia após o outro, é o que deve nos impelir. As frustrações da vida nos ensinam a ter calma, paciência e tolerância. São coisas das quais eventualmente precisaremos e o quanto antes aprendermos melhor. Infelizmente, nem todos conseguem compreender o quanto podemos nos fragilizar diante de situações assim. Muitas vezes as pessoas ao nosso redor, e frequentemente são aquelas que mais tem importância, não compreendem as situações e não tem a paciência que precisaríamos naquele momento.

É claro, não só de reveses caminha a vida. Cabe a cada um saber maximizar as alegrias das coisas boas e aprender com as coisas ruins. Valorizar as pessoas que estão ao seu lado e desapegar daquelas que te abandonam. Por mais difícil que isso às vezes seja.

P.S.: Essa foi a última postagem “emo”, prometo

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Sexta Rock - Reborn

Tenho andado ausente deste espaço nos últimos tempos, sei bem disso. Para retomar minhas postagens com o pé direito, nada melhor do que ressucitar a seção de maior continuidade que eu já tive nesse blog, a Sexta Rock. Selecionei cinco canções, das mais clássicas, das bandas mais clássicas que já tivemos o prazer de compartilhar o planeta. Nada de comentários, hoje vamos apenas curtir o gênero musical mais influente e mais importante de todos os tempos. Essa postagem será curta, mas à partir de semana que vem retomarei a seção com a numeração antiga. Além disso teremos mais novidades semanais. Let’s Rock!

1. Led Zeppelin – Kashmir

2. Black Sabbath – Heaven and Hell

3. Deep Purple – Burn

4. AC/DC – Let There Be Rock

5. Rush – Tom Sawyer

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

In Memorian

As pessoas que me conhecem e convivem comigo sabem que nos últimos anos minha mãe e nossa família lutamos contra uma doença. Foram aproximadamente quatro anos nos quais corremos atrás de medicamentos, médicos, diagnósticos e procuramos dar a ela a melhor qualidade de vida possível. Nessa última sexta feira, dia dois de novembro, minha mãe descansou de todas as aflições e sofrimentos que experimentou durante todos esses anos. Ela já estava internada a uma semana vítima de um AVC bastante grande que teve no sábado anterior e acabou não resistindo. O AVC foi complicado em virtude da baixa coagulação dela, decorrente da doença hepática crônica que já estava bastante avançada.

Eu e minha mãe tivemos nossas desavenças é claro, e eu estaria mentindo se dissesse o contrário. Eu várias vezes disse a ela, que um filho discordar de sua mãe era saudável, mas que apesar de tudo devíamos manter o respeito. Minha mãe sabia que eu a amava, apesar de todas as vezes que discutimos, que discordamos, que nos magoamos mutuamente. Espero sinceramente que minha mãe tenha partido sabendo que eu, meus irmão, e toda a família a amávamos e fizemos de tudo para mantê-la bem e, na medida do possível, feliz.

Minha mãe, eu sentirei muito sua falta. Sentirei falta de quando discutíamos, de quando perdíamos a paciência um com o outro e de quando nos desentendíamos. Mas sentirei falta principalmente de quando ríamos juntos, de quando tínhamos bons momentos, de quando pude ajudá-la, seja com cuidados simples, fosse com noites mal dormidas no hospital. Me sinto mais sozinho do que nunca, mas com o tempo sei que isso irá melhorar, pois sei que a tristeza que a senhora sentia por estar naquela situação não mais existirá.

Agradeço a todos os amigos que emprestaram seus ombros, seus braços e seu tempo e mesmo aqueles que se fizeram presentes apenas com simples mensagens de texto. São situações como essas que nos fazem perceber as pessoas que se importam de fato conosco.

E antes que alguém levante a mão e questione o porquê desse texto estar aqui no blog eu respondo que o blog é meu e se eu quiser escrever sobre coquinhos eu escrevo que eu precisava escrever algo, me expresso melhor assim. Ainda ess semana postarei coisas mais alegres e tirarei as teias de aranha desse blog.

Pra finalizar, posto uma música que minha mãe provavelmente não conhecia, mas que gosto de pensar que cantaria comigo:

domingo, 15 de abril de 2012

Eu vi: A Mulher de Preto

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Recentemente fui ao cinema assistir um filme denominado “A Mulher de Preto”. Quem me conhece sabe que esse gênero de filme não me atrai muito e foi com desconfiança que fui assistí-lo. Afinal, um filme que tem como principal chamariz a presença do Harry Potter não pode ser boa coisa. A boa notícia é que A Mulher de Preto não é tão ruim. A má está implícita.

Pense em um filme de terror clássico. Esse mesmo, aquele que tem cenas de “mini-sustos” a todo momento. Aquele que um cara (contador, advogado ou algo do gênero) da cidade grande vai pra cidadezinha e entra em um casarão/castelo mal assombrado. Esse, basicamente, é o plot do filme. Em nenhum momento o longa chega a surpreender. Até a clássica cena do “susto no espelho” está presente. Fora isso, vemos uma atuação esforçada, mas pouco inspirada de Daniel Radcliffe, tentando perder o rótulo de Harry Potter. Não chega a ser uma atuação ruim, mas não salva o filme como um todo

A Mulher de Preto não é um filme ruim. É apenas um filme previsível

Nota: 5

É isso aí mamíferos até a próxima

P.S: Sim eu sei, esse post foi ridiculamente curto. É porque eu estou com muita preguiça pouco tempo para escrever. Próximos posts serão ainda mais curtos mais elaborados, prometo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tópicos Essenciais em Biologia #4: Evolução #4

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Clique nos links abaixo para ler os artigos anteriores:

Evolução 1

Evolução 2

Evolução 3

No início do século 20 a evolução como mudança não era seriamente ameaçada, a grande maioria dos biólogos já haviam a incorporado em seus estudos.  O grande porém da biologia evolutiva da época era a ausência de um consenso sobre qual era o principal mecanismo evolutivo que agia nos seres vivos. Como vimos no último artigo, a seleção natural foi muito mal recebida, principalmente pela incapacidade de Darwin produzir uma teoria de herança satisfatória. Assim, no início do século, diversas teorias lutavam para serem protagonistas na evolução. Dentre essas teorias estavam a própria seleção natural.

No início do século XX, as leis da hereditariedade postuladas por Mendel foram redescobertas. Dessa forma, a Biologia dispunha de uma teoria de herança particulada que explicava a herança genética de virtualmente todos os seres vivos. Longe de auxiliar a aceitação da seleção natural, os primeiros mendelianos viam a herança de Mendel como a pá de cal dos darwinistas. Para esses geneticistas, a evolução diferia radicalmente daquela imaginada por Darwin. As mudanças seria bruscas, através de macromutações. Em outras palavras, grandes mudanças ocorreriam de pai para filho, de uma geração para outra. Essas grandes mudanças ocorreriam em virtude de grandes alterações no material genético.

Entretanto, na segunda década do século, vários pesquisadores começaram a publicar trabalhos que demonstravam que a seleção natural não só era possível em seres com herança mendeliana com provavelmente era o mecanismo mais poderoso da evolução. Foram diversos trabalhos de varios pesquisadores que permitiram essa proeza científica. A união dessas ideias permitiu a criação daquilo que grande parte das pessoas conhece por neodarwinismo, ou seja, as ideias de Darwin revigoradas. Ela também é conhecido por nomes mais adequados de Síntese Moderna e Teoria Sintética da Evolução. A seguir, tentarei resumir as principais contribuições para esse entendimento.

Ronald Aylmer Fisher (1890-1962); J. B. S. Haldane (1892-1964); Sewall Wright (1889-1988)

Fisher, Haldane e Wright foram os primeiros pesquisadores a reconciliar os trabalhos de Mendel e Darwin. Foram eles que, de fato, demonstraram que  a seleção natural poderia operar em conjunto com a herança particulada através de seus trabalhos teóricos, em especial A Teoria Genética da Seleção Natural (Fisher – 1930), Evolução em Populações Mendelianas (Wright – 1931) e As Causas da Evolução (Haldane – 1932). Esses trabalhos sintéticos abriram caminho para que outros pesquisadores ampliassem o escopo da Teoria Evolutiva, abrangendo posteriormente todo o mundo vivo. Haldane também é célebre na Biologia por ter contribuído para desenvolver a teoria sobre a origem da vida e ter cunhado uma das frases mais legais do mundo: “Me mostre um fóssil de um coelho no pré-cambriano e eu assumo que a Teoria da Evolução está errada.”

Theodosius Dobzhansky (1900-1975); Ernst Mayr (1904-2005); Julian Huxley(1997-1975) George Gaylord Simpson ( 1902-1984)

Dobzhansky foi o cientista que criou a frase citada por nove entre dez biólogos: “Nada na Biologia faz sentido senão sob a luz da Evolução”. E ele não poderia estar mais certo. Graças ao seu próprio trabalho, em especial seu livro Genética e a Origem das Espécies (1937) a Síntese Moderna foi ampliada e influenciou muitos biólogos. Já Mayr trabalhou extensivamente com a questão da especiação, contribuindo para a formação de um novo conceito de população e de espécie. Sua obra máxima foi Sistemática e a Origem das Espécies (1942). Julian Huxley (neto de Thomas) fez um importante trabalho de síntese na obra Evolução: A Síntese Moderna, que acabaria dando o nome do movimento como um todo. Por fim, Simpson com seu Tempo e Modo em Evolução (1944) demonstrou que não havia a necessidade de se invocar forças ortogenéticas para explicar o registro fóssil. Para isso bastava utilizar-se de conceitos evolutivos.

Finalizando o post de hoje (está curto, eu sei), a importância desse período de tempo para o pensamento biológico é inestimável. Graças a esses cientistas, e outros não citados, a Biologia conseguiu se tornar uma ciência unificada e isso é importantíssimo. Significa que qualquer pergunta que envolva um ser vivo, obrigatoriamente terá uma resposta evolutiva. Isso é muito bonito. Bem pelo menos eu acho (e certamente qualquer biólogo que ler essas linhas compartilhará esse sentimento). Na próxima aula postagem uma visão moderna da Evolução. O que incorporamos hoje, quais os principais mecanismos e alguns exemplos.

Saudações!