Essa Resenha tem spoilers, então cuidado!
Em 1897, Bram Stoker publicou aquele que seria o romance sobre vampiros mais famoso (e mais importante) da história. Esqueça Blade, esqueça Lestat. o vampiro mais importante da ficção (não que vampiros existam de fato, pelo menos vampiros humanos) é e será sempre o Conde Drácula. Esse mês tomei vergonha na cara e decidi ler esse livro, talvez o maior clássico dos livros de terror.
Drácula não foi o primeiro e nem será o último dos livros com temática de vampiros. Tecnicamente, lendas sobre vampiros remontam o século XVII. Então o que o torna especial em relação a todas as outras obras vampirescas? Drácula é um livro que possui uma narrativa interessante,, que traz o ponto de vista dos diferentes personagens de forma alternada. Os capítulos são escritos sob a forma de fragmentos dos diários e relatos cotidianos de alguns deles, o que acaba favoracendo a fluidez da leitura e nos permitindo conhecer melhor os apectos psicológicos de cada um.
Alguns personagens de Stoker permeiam imaginário popular ainda hoje. O mais conhecido é evidentemente o personagem título, Conde Drácula, o assim dizer “vampiro-padrão”. Drácula (supostamente baseado em uma figura real) era um conde que habitava os ermos da Transilvânia e que decide mudar-se para a efervescente Londres. Muitos dos poderes e fraquezas clássicos de um vampiro ocorrem em Drácula. Ele não possui imagem especular, não tolera alho, bebe sangue, pode se transmutar entre outros. Virtualmente todos os vampiros que surgiram posteriormente na literatura se inspiraram na figura do Conde.
Outra figura conhecida é a de Van Helsing. Ao contrário do que a maioria deve pensar, Van Helsig não era o Wolverine caçador de vampiros que apareceu recentemente em Hollywood. Na trama de Bram Stoker, o Professor Van Helsing é um homem de certa idade, médico e que estuda doenças obscuras, nutrindo especial interesse por vampirismo. É ele quem detecta os sintomas do vampirismo em Lucy Westenra e quem ensina como repelir e matar vampiros.
É claro que a obra não é perfeita; Posso destacar aqui dois pontos que não me agradaram de todo. No geral, esperava um pouco mais de ação, em especial na cena final com a morte do Conde. A forma com a qual os conflitos (esse em especial)são resolvidos no livro poderia, a meu ver, ser melhor levada. Claro, o romance não é de ação, então isso é relevado de certa forma. Outra crítica é quanto a certa ingenuidade das personagens em alguns momentos. Quando Mina Harker começa a ser parasitada por Drácula, apresenta todos os sinais que a sua própria amiga Lucy havia apresentado antes, no entanto, nenhum dos homens que convivem com ela é capaz de perceber essa condição, nem seu marido. A própria Mina não consegue identificar seu estado, mesmo ela tendo dois furos no pescoço. O que parece, é que o autor dotou os personagens e uma certa “falta de atenção” nesses momentos para facilitar o desenvolvimento da trama.
No geral, posso dizer que Drácula, o Vampiro da Noite, de Bram Stoker é um livro muito bom. Uma obra que definiu toda a mitologia popular sobre vampiros e criou personagens até hojé icônicos na cultura pop. Se você gosta de vampiros (eu disse vampiros, não fadas) e nunca leu esse livro, está totalmente defasado, corra atrás imdiatamente.
Nota: 8,5
eu amei depaixao esse livro ameeeeeeeeeeeeei
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