domingo, 27 de novembro de 2011

Eu li: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas

Ca_adores_de_bruxas

Segunda-feira última recebi em casa o box com os três livros da série “Dragões de Éter”, escritos por Raphael Draccon. Há algum tempo tenho interesse em ler esses livros, em virtude disso aproveitei uma promoção do Submarino de um site da internet com nome de uma embarcação que trafega submersa e adquiri as obras. Como fazia certo tempo que não atualizava o blog, vou escrever as resenhas conforme for terminando as leituras. Por hoje, comentarei o primeiro volume: Caçadores de Bruxas.

De pronto posso dizer que Raphael Draccon escreve de forma peculiar. E esse peculiar, longe de ser depreciativo, é elogioso. Ao narrar a história do ponto de vista de um contador, um popular bardo, Raphael interage com o leitor, como se de fato estivesse conversando com ele em uma taberna qualquer. Raphael Draccon escreve de fato muito bem, poucas vezes em um livro de fantasia tive o prazer de ter uma leitura de linguagem tão fluida. Percebe-se um grande domínio de linguagem por parte do autor, bem como de um vocabulário rico. Contudo, esse recurso (interação com o leitor) pode se tornar cansativo em alguns momentos, como de fato se tornou, ao menos pra mim. Claro, isso não tira o mérito da escrita do autor.

Mas vamos ao livro em si. Caçadores tem como cenário um mundo fantástico denominado Nova Ether, isento de divindades, porém com semideuses extremamente presentes no imaginário dos habitantes. Essa presença é reforçada através das fadas, avatares encarnados dessas semidivindades. O território de Nova Ether é dividido em uma variedade de reinos, com personagens reinventados à partir de contos de fadas poupulares e outros criados com grande influência de elementos “nerds” e da cultura pop em geral. Méritos ao autor por conseguir dar credibilidade à esses personagens. As fábulas de Dragões de Éter são críveis, as personagens tem motivações que um ser humano de fato teria. Atitudes outrora ilógicas, como uma criança vagando por uma floresta desacompanhada (a criança, não a floresta) e velhas solitárias no meio do mato ganham ares muito mais razoáveis no livro.

Em resumo, eu gostei do livro de Raphael Draccon. A narrativa diferente, aliada à boa ambientação dos cenários e das histórias faz desse primeiro livro da série bastante interessante. Fico feliz por autores brasileiros estarem aos poucos conseguindo publicar livros nesse setor de fantasia.

Nota: 7

2 comentários:

  1. Fiquei bastante tentada em comprar esses livros!
    Mas como estou com uma lista de coisas atrasadas para ler, vou deixar para depois!

    Sempre muito interessante ler suas resenhas Carlitos! Ahhh precisamos nos encontrar pra te emprestar "A mão esquerda de Deus".
    beijão!

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  2. Valeu Ingrid, eu também gosto dos seus comentários. E temos que ver mesmo, eu já tive que furar a minha fila de livro por que ainda não tinha emprestado esse hehe
    Não deixe de aparecer por aqui!!

    Beijos

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