Depois de uma grande espera eis que trago alguns comentários sobre o último livro de Raphael Draccon, Dragões de Éter: Círculos de Chuva.
Nessa última obra, penso que o autor perdeu um pouco “a mão” de sua escrita. As tramas paralelas, bem amarradas nas obras anteriores, em especial no segundo livro, perdem em alguns casos a validade aqui. Por vezes são histórias que não acrescentam nada ou quase nada à trama geral, ora são de certa forma soltas demais. Muitos personagens e histórias são inseridos mas não encontram um bom aproveitamento. Creio que isso se deva ou a uma possível continuação planejada pelo autor, a qual reuniria essas pontas soltas, ou uma possível deterioração da série. Eu particularmente gostaria de ler uma nova obra que, quem sabe, pudesse fechar os arcos ainda abertos.
A prosa do autor continua boa, perfeitamente entendível e fluida. Contudo, fantasmas de interações desnecessárias com o leitor, as quais eu julgava superadas depois de Corações de Neve voltaram a assombrar minha leitura. Apesar disso, as tramas digamos, “principais” seguem de forma coerente durante a maior parte do tempo.
Dito isso, eu não vejo essa obra como um livro ruim. Apenas acredito que a qualidade vista nos dois primeiros livros (e em especial no segundo) tenha decaído nesse terceiro. O que é uma pena, uma vez que alguns personagens inseridos nesta última obra poderiam ser muito bem aproveitados. Se uma continuação for escrita (admito que não sei se será ou não), pode ser que esses arcos e personagens não tão bem aproveitados sejam justificados. Até lá, continuo achando Círculos de Chuva fraco se comparado a Corações de Neve e mesmo Caçadores de Bruxas.
Nota: 6,3
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